segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Polícia pede prisão de diretora que agrediu crianças em escola de SP


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Civil pediu ontem a prisão preventiva de Conceição Tomaz Cruz, 52, diretora e dona da Trenzinho Feliz, suspeita de agredir crianças que estudavam na escola, na Chácara Inglesa, zona sul de São Paulo.
Caso a Justiça aceite o pedido da polícia --feito pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher--, Cruz responderá por tortura.
Inicialmente, a diretora tinha sido indiciada por suspeita de maus-tratos, que dá até um ano de detenção. Porém, como reportagem publicada na Folha revelou, a delegada Lisandrea Calabuono, responsável pelo caso, tinha intenção de mudar a acusação para tortura, crime que prevê reclusão de até oito anos.
A diretora foi indiciada após funcionárias do local filmarem, com uma câmera escondida, agressões sofridas por alunos. Nas imagens divulgadas, a mulher grita e dá um tapa no rosto de uma menina de dois anos que não queria comer. Ela aparece, de acordo com a polícia, também empurrando um garoto de apenas um ano e oito meses.

Reproducao/TV RECORD
Vídeo feito por funcionária que mostra dona de escola agredindo criança, em São Paulo
Vídeo feito por funcionária que mostra dona de escola agredindo criança, em São Paulo

"Uma vez um menino vomitou e ela [Conceição] o fez comer tudo", afirma uma professora que fez a filmagem e denunciou o caso à polícia. Ela pediu para não ter o seu nome publicado.
No início do mês, o advogado Antônio Sidnei Ramos de Brito, defensor da diretora de Cruz, afirmou que sua cliente não torturou os alunos. "Ela é ré confessa de um crime que não está relacionado a tortura e não pode ser condenada sem prova", afirmou o advogado.
Segundo ele, a diretora tem problemas emocionais. "Ela tomou remédio contra a depressão com outro medicamento para inibir o apetite e ficou descontrolada", disse.
O advogado da diretora não foi localizado para comentar sobre o pedido de prisão.

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