segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

TV Sala - Ensino de Português como Segunda Língua (www.sala.org.br)


Diálogo sem Fronteira - Ensino de Português - Carmen Zink


Nova Lei Seca: Mudanças endurecem fiscalização no trânsito


A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou em 20 de dezembro a lei que torna mais rígida a punição para motoristas que dirigem alcoolizados. A nova Lei Seca corrige uma brecha da anterior, permitindo que sejam utilizados outros meios, além do bafômetro, para comprovar a embriaguez ao volante.
Popularmente conhecida como “lei seca”, a Lei 11.705, que modifica o Código de Trânsito Brasileiro, foi aprovada em 19 de junho de 2008. Ela penaliza com multa, suspensão da carteira de habilitação e até detenção, motoristas que trafeguem sob o efeito do consumo de bebidas alcoólicas.
Essa mudança na legislação fazia parte de um conjunto de medidas preventivas – como obrigatoriedade do uso de cinto de segurança em carros e de capacetes em motocicletas – adotado pelo governo para diminuir o número de vítimas de acidentes de trânsito no país.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de nações recordistas em acidentes, atrás da Índia, China, Estados Unidos e Rússia.
O último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em 2010, registrou 42,8 mil vítimas fatais no trânsito brasileiro. Entre os jovens, essa é a segunda maior causa de mortes, perdendo apenas para os homicídios.
Os números correspondem a uma taxa de 22,4 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, quase o dobro de países desenvolvidos.
Porém, não há pesquisas abrangentes que apontem quantos desses casos envolveram acidentes provocados pela combinação de álcool e volante. Estima-se que podem chegar até a metade. Um estudo da Faculdade de Medicina da USP, realizado com base em dados de 2005, concluiu que 44% de motoristas mortos em acidentes no Estado de São Paulo haviam ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.
Bafômetros
No primeiro mês de aplicação da Lei Seca, os bares registraram queda de movimento e a procura por serviços de táxi aumentou, de acordo com os sindicatos das categorias. Alguns bares passaram a oferecer serviços de “caronas” para os clientes.
Mas isso não durou muito tempo. Logo, a lei perdeu seu impacto, em razão da precariedade na fiscalização. Quando entrou em vigor, há três anos, só havia 900 bafômetros no país, 500 deles pertencentes à Polícia Rodoviária Federal, que só fiscaliza estradas. Sobravam, então, apenas 400 aparelhos para atender mais de cinco mil cidades.
O maior problema, no entanto, dizia respeito à própria legislação. Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a punição de motoristas embriagados só poderia ser feita, de acordo com a lei, por meio de teste de bafômetro ou exame de sangue, para comprovar a dosagem de álcool igual ou superior ao permitido (dois decigramas por litro de sangue, o equivalente a um chope).
A aplicação de multa ou detenção do motorista depende do nível de embriaguez. A partir de seis decigramas por litro de sangue (equivalente a dois chopes), a punição é acrescida de prisão, afiançável.
Só que o condutor do veículo não era obrigado a fazer o teste, pois a Constituição diz que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Assim, ele simplesmente se recusava a fazer o teste do bafômetro, restringindo as penalidades à aplicação de multa e apreensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por, em média, cinco dias.
Multas
Com a alteração, aprovada no Congresso, em caráter de urgência, qualquer outro meio pode ser usado para comprovar a embriaguez do motorista, incluindo o testemunho de policiais, fotos, vídeos e relatos de testemunhas e testes clínicos.
Caso o condutor não concorde com o resultado da análise, considerando-a subjetiva, pode pedir o exame de sangue ou de bafômetro. Essas mudanças permitem, agora, que a lei seja aplicada em sua totalidade. As primeiras blitz foram realizadas nas festas de final de ano.
Outra mudança foi o aumento nos valores das multas, que passam de R$ 957,70 para R$ 1.915, 40. Se o infrator for reincidente, em menos de um ano, a multa dobra, chegando a R$ 3.830,80, e a carteira de habilitação é suspensa pelo prazo de um ano. Já a detenção de seis meses a três anos permaneceu inalterada.
Uma crítica a essas alterações na lei é justamente quanto ao teor subjetivo da constatação de embriaguez, que substitui o bafômetro. O motorista indiciado pode ser beneficiado na Justiça, por conta de diferentes interpretações de seu estado psicomotor ao ser detido.
Ainda assim, a Lei Seca brasileira é considerada uma das mais rigorosas do mundo. Segundo um levantamento do International Center for Alcohol Policies (Icap), o Brasil está entre os 20 países com legislação mais severa, em uma lista com 82 nações pesquisadas. Na América Latina, somente a Colômbia, onde o limite de ingestão alcoólica é zero, é mais intolerante nesse aspecto.
Fonte: Portal Uol 

Concordância nominal - Plano de aula para ajudar você


Objetivos

1) Compreender que a concordância nominal é um dos elementos dos padrões da escrita;
2) Refletir sobre os usos da concordância nominal na produção de textos (orais e escritos).

Desenvolvimento

1) Para que os alunos saibam (ou relembrem) que a concordância é a combinação das palavras na frase, converse com eles, primeiramente, sobre a concordância nominal: quando o substantivo concorda com seu determinante (artigo, numeral, adjetivo, pronome adjetivo).
Comece a reflexão discutindo alguns usos, como, por exemplo:
a) "Os menino vieram tarde demais ontem à noite".
b) "Aquelas tardes quentes eram maravilhosas".
É possível dizer que as duas frases acima têm modos diferentes de fazer a concordância nominal.
Na primeira frase a marca de plural está garantida no primeiro elemento ("Os"), sem que seja necessário colocar o segundo ("menino") também no plural. Explique aos alunos que esse uso é bem mais comum do que a gramática normativa desejaria. Muitos de nós, em situações de fala do dia-a-dia, também usamos formas como essa, sem, muitas vezes, nos darmos conta disso.
2) Ouça com eles a canção "Cuitelinho"  (de domínio popular) e vejam como são os usos da concordância nominal em sua letra:
Cheguei na bera do porto
onde as onda se espaia.
As garça  meia volta,
senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
que o botão de rosa caia.
Quando eu vim de minha terra,
despedi da parentaia.
Eu entrei no Mato Grosso,
dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
como o aço de navaia.
Coração fica aflito,
bate uma, a outra faia.
E os óio se enche d’água
que até a vista se atrapaia.
3) Problematize com os alunos os usos da concordância na canção, esclarecendo que a variação lingüística usada é peculiar de certas regiões do Brasil e de alguns setores sociais.
No entanto, isso não é demonstração de "burrice" ou "ignorância", pois há toda uma lógica lingüística que se traduz em uma regra gramatical que não se altera: o plural é sempre feito no primeiro elemento, como que dizendo que a idéia está pluralizada e que, portanto, não há necessidade de marcar o plural duas ou mais vezes. É mais econômico, não é mesmo?
Alguns lingüistas chamam esse uso de "eliminação de marcas de plural redundantes".
4) Peça aos alunos que pesquisem os diferentes usos orais da concordância nominal para que comprovem o quanto essa regra de plural no primeiro elemento é bem comum quando falamos, comprovando que se fala de um jeito e se escreve de outro.
5) Retomando a segunda frase "Aquelas tardes quentes eram maravilhosas", enfatize aos alunos que, nesse caso, diferentemente da primeira, todas as palavras adjetivas, ou seja, o pronome demonstrativo ("Aquelas") e os adjetivos ("quentes"; "maravilhosas") concordam com o substantivo "tardes". Assim, porque o substantivo é feminino e está no plural, os seus determinantes (pronome e adjetivos) também estão no feminino e no plural. Em textos escritos, cujos padrões são mais rígidos, a concordância é exigida, tendo em vista regras convencionadas socialmente e registradas na gramática normativa.
6) No que se refere à concordância nominal, esclareça aos alunos que a gramática normativa traz uma regra geral: o adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome adjetivo) concordam em gênero e número com o nome/substantivo a que se referem.
7) Discuta, em seguida, alguns casos específicos e dê alguns exemplos, como no quadro abaixo:
Regras
Exemplos
Um só adjetivo que qualifica mais de um substantivo, e vem anteposto a esse, concorda com o mais próximoEstava calma a cidade e a minha alma.
Um só adjetivo que qualifica mais de um
substantivo e vem posposto a esse, concorda com o mais próximo posposto ou vai para o plural.
Era mesmo sabedoria e conhecimento acumulado.
Era mesmo sabedoria e conhecimento acumulados.
Um só substantivo e mais de um adjetivo;
-o substantivo vai para o singular e repete-se o artigo;
-o substantivo vai para o plural e não se
repete o artigo
O ídolo conquistou a platéia paulista e a baiana.
O ídolo conquistou as platéias paulista e baiana.
Verbo “ser” mais um adjetivo, formando
uma expressão:
-sujeito com artigo, a expressão concorda
com o sujeito
-sujeito sem artigo, a expressão fica invariável.

É necessária a solidariedade.
É necessário solidariedade.
Bastante/bastantes]
-“Bastante” sendo invariável, refere-se a verbo ou a adjetivo
-“Bastante” é adjetivo e, portanto, variável
quando se refere ao substantivo.
Gostaram bastante da comida.
Há bastantes razões para não irmos
obrigado/incluso/quite/mesmo/próprio são
todos adjetivos e concordam com o nome
a que se referem.
Obrigada, falou ela/Obrigado, falou ele.
Eu estou quite com você/ Nós estamos quites
com você.
Anexo também é adjetivo e concorda com
o nome a que se refere.
OBS.: “Em anexo” é expressão invariável.
Seguem anexas as listagens.
Em anexo, seguem as listagens.
As palavras “alerta”, “menos” são invariáveis.Havia menos crianças na escola.
Todos permaneceram alerta.
Alfredina Nery
é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura.

Planos de Aula - "Capitães da Areia", de Jorge Amado


Objetivos

1) Ler e analisar "Capitães da Areia" de Jorge Amado;
2) Relacionar fatos atuais (como crianças de rua, violência urbana, etc.) com as situações retratadas na obra literária;
3) Analisar e interpretar os seguintes aspectos da obra:
  • caracterização física e psicológica das personagens;
  • determinação de tempo e espaço narrativos;
  • identificação das características da linguagem jornalística empregada na primeira parte da obra.

Estratégias

1) Realizar pesquisa histórica destacando as décadas de 1930 e 1940 no Brasil;

2) Propor a realização de debate com a participação de toda a classe, relacionando fatos históricos com aspectos da obra;>br>
3) Criar um painel relacionando fatos jornalísticos encontrados na obra com notícias atuais;
4) Realizar um seminário em que a classe, divida em grupos de dois a quatro alunos, apresente o perfil das seguintes personagens: Dora, Gato, Dalva, Pirulito, Professor, Volta-Seca, Pedro Bala, Sem-Pernas, Don'Aninha, João de Adão, João Grande, Querido de Deus e Padre João Pedro.

Comentários e sugestões

Esta atividade ganha maior interesse se for desenvolvida com em conjunto com o professor de História. Para a realização da pesquisa histórica, o professor pode dividir o conteúdo em tópicos, encarregando cada tema a um grupo de alunos. Algumas sugestões de pesquisas:
  • Estado Novo (1937-1945);
  • A política getulista;
  • As epidemias (no período histórico e retratadas na obra);
  • Escritores socialistas da época.

Resumo da obra

A história de passa nas ruas e nas areias de Salvador, na Bahia, com um grupo de meninos abandonados. O líder desses garotos, Pedro Bala, conhece como ninguém os meandros da cidade, suas armadilhas e atalhos. O bando é agressivo com os adultos (com a sociedade), e passa os dias mendigando, fumando bitucas de cigarro ou chamando a atenção dos transeuntes com palavrões. Os garotos praticam pequenos furtos para poder sobreviver e acabam tornando-se um problema policial notório. No entanto, nem todos os adultos estão contra o bando. Alguns são aliados dos garotos, como o padre João Pedro e Don'Aninha, que é mãe-de-santo, o pescador Querido-de-Deus e o estivador João-de-Adão. A história das agruras, da luta pela sobrevivência, da amizade e dos desafios enfrentados por esses meninos torna "Capitães de Areia" uma viagem a um universo impactante, em que os sentimentos são ao mesmo tempo cruéis e delicados.
Fátima Rodrigues
é professora de língua portuguesa.

O que é Bullying


Polícia pede prisão de diretora que agrediu crianças em escola de SP


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Civil pediu ontem a prisão preventiva de Conceição Tomaz Cruz, 52, diretora e dona da Trenzinho Feliz, suspeita de agredir crianças que estudavam na escola, na Chácara Inglesa, zona sul de São Paulo.
Caso a Justiça aceite o pedido da polícia --feito pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher--, Cruz responderá por tortura.
Inicialmente, a diretora tinha sido indiciada por suspeita de maus-tratos, que dá até um ano de detenção. Porém, como reportagem publicada na Folha revelou, a delegada Lisandrea Calabuono, responsável pelo caso, tinha intenção de mudar a acusação para tortura, crime que prevê reclusão de até oito anos.
A diretora foi indiciada após funcionárias do local filmarem, com uma câmera escondida, agressões sofridas por alunos. Nas imagens divulgadas, a mulher grita e dá um tapa no rosto de uma menina de dois anos que não queria comer. Ela aparece, de acordo com a polícia, também empurrando um garoto de apenas um ano e oito meses.

Reproducao/TV RECORD
Vídeo feito por funcionária que mostra dona de escola agredindo criança, em São Paulo
Vídeo feito por funcionária que mostra dona de escola agredindo criança, em São Paulo

"Uma vez um menino vomitou e ela [Conceição] o fez comer tudo", afirma uma professora que fez a filmagem e denunciou o caso à polícia. Ela pediu para não ter o seu nome publicado.
No início do mês, o advogado Antônio Sidnei Ramos de Brito, defensor da diretora de Cruz, afirmou que sua cliente não torturou os alunos. "Ela é ré confessa de um crime que não está relacionado a tortura e não pode ser condenada sem prova", afirmou o advogado.
Segundo ele, a diretora tem problemas emocionais. "Ela tomou remédio contra a depressão com outro medicamento para inibir o apetite e ficou descontrolada", disse.
O advogado da diretora não foi localizado para comentar sobre o pedido de prisão.

O curso de Web Disigner


Introdução

Em fóruns especializados e em rede sociais como orkut e Facebook, aqueles que trabalham com web design  encontram nas comunidades e páginas relacionadas um lugar para tirar dúvidas, trocar experiências e divulgar seus trabalhos. A mesma coisa aconteceu com quem ainda não está na profissão, mas pretende.
Mas, no meio de tanta gente, podemos perceber o despreparo da grande maioria. Muitos cursos de web design ensinam as ferramentas, mas não ensinam conceitos fundamentais; aí surgem as dúvidas, muitas vezes bobas aos olhos de quem já está no ramo.
A maior dificuldade que eu tenho percebido é na hora de começar a carreira. Como publicar seu primeiro site, como montar um portfólio, quanto cobrar de um cliente... Tudo o que as escolas deveriam ensinar, mas que a gente acaba tendo que aprender na base da tentativa e erro.
Por isso, resolvi escrever este artigo, tendo como base minhas experiências pessoais e as opiniões de profissionais da área, para ajudar aqueles que desejam trabalhar com web design.

Cinco coisas que você deve saber antes de começar

Aprender HTML (HyperText Markup Language) e CSS (Cascading Style Sheets)

Seus sites vão ficar mais leves, sem os códigos desnecessários dos programas de edição. Além disso, você terá muito mais facilidade para programar dominando as tags do HTML, e será muito mais fácil entender como funcionam as novas tecnologias, como XHTML, XMLe, mais recentemente, HTML 5.

Investir em um domínio próprio e em uma hospedagem paga

Além de evitar propagandas desagradáveis, que tiram seu layout do lugar e podem até trazer malwares para o computador do usuário, os hosts pagos oferecem muito mais ferramentas para melhorar seu site. Além disso, um domínio próprio mostra muito mais profissionalismo (ver mais no tópico sobre portfólio).

Aprender teoria das cores, usabilidade e tipografia

O básico do básico. Assim você garante que seus sites vão ser visualmente agradáveis, a navegação será mais fácil para o usuário e a leitura dos textos não ficará cansativa.

Cuidar da acessibilidade

Não é o usuário que tem que adaptar seu computador ao seu site, e sim o contrário. Portanto, esqueça o "este site é melhor visualizado em 800x600" e prepare seus sites para todos os tipos de usuários, resoluções, navegadores e, de preferência, dispositivos possíveis.

Estudar, estudar, estudar

Não é porque você concluiu aquele super curso de web design que está livre da aprendizagem. A Web está em constante mudança, por isso procure conhecer todas as novas tecnologias, ferramentas e conceitos que surgem a cada dia. Não se aprofunde somente nas que você mais gosta: procure ter uma noção geral de cada uma delas, porque você nunca sabe quando pode surgir um trabalho que precise justamente daquilo que você não domina.
Todo esse conhecimento está cada vez ao seu alcance. Pra começar, use o Google, o melhor lugar para encontrar dicas e tutoriais. Apenas lembre-se de que aprendendo inglês, suas chances de encontrar o que procura são infinitamente maiores.

Montando seu portfólio

Seu portfólio é a reunião de todos os seus trabalhos, uma vitrine da sua capacidade e imaginação, e principalmente a primeira impressão sobre seu profissionalismo. Por isso, você precisa tomar muito cuidado com os pequenos detalhes, pra não manchar a sua imagem logo de cara:
Se você quer mesmo investir na carreira, considere mesmo a possibilidade de adquirir um domínio .com.br, .com ou .net, além de um bom plano de hospedagem. Endereços como o .cjb.net mostram falta de profissionalismo - "se este trabalho não vale o investimento de um endereço pago, por que devo contratá-lo?". Além do mais, hosts gratuitos ficam fora do ar muito mais tempo do que deveriam - e se o seu portfólio não abrir, existem outros na fila esperando pelo seu lugar.
Cuidado com o português. Chega a ser desnecessário dizer isso, mas revise seu texto, peça para um amigo ler e procurar pelos erros que você possa ter deixado passar, ou mesmo use um editor como o Microsoft Word para corrigir a grafia das palavras. Nada, nada queima mais o seu filme do que um erro grave.
Nem pense em começar sem nenhum trabalho pra mostrar. Vá para o computador e crie um site sobre algum assunto que você gosta - exercite toda a sua capacidade, abuse das novas ferramentas, teste novos conceitos. É o momento em que você está livre, sem depender da opinião de quem está te pagando pra trabalhar, e mostrando tudo o que você é capaz de fazer. Nada mais amador do que encontrar num portfólio uma mensagem "em breve: meus trabalhos".
E se você ainda não tem muito trabalho para mostrar, nem pense em fazer volume enchendo seu site de textos. Ninguém tem paciência para ler, e o cliente não está preocupado com a sua metodologia de trabalho ou com aquele trecho da sua apostila do cursinho que diz que "a Internet é um mercado em expansão bla bla bla". E nunca, jamais, sob hipótese alguma diga que seu preço é mais baixo, por qualquer razão que passe pela sua cabeça. Isso soa "estou desesperado, por isso topo tudo".
Se você quiser listar suas habilidades nos programas e recursos da área, monte um mini-currículo. Assim, essa informação será direcionada a um possível contratador, enquanto o usuário comum e cliente em potencial não recebe informações desnecessárias (se ele quiser saber das suas habilidades, saberá onde encontrá-las). Mas não se esqueça que Windows, Office e internet você tem obrigação de saber, não é mérito nenhum.
E quando o desespero por falta de trabalho bate, a gente tem vontade de sair fazendo sites de graça, só pra exercitar e ter o que mostrar, não é mesmo? Não, não é. Aceitar um site por um preço muito abaixo do mercado é errado - muitos novatos têm feito isso sem se preocupar com as consequências que isso traz para a carreira. Se você quer um cliente e ele não pode te pagar, faça uma permuta: você monta um site e ele te dá cinco aulas na auto-escola, quatro jantares no restaurante ou o que puder oferecer. É muito mais ético e vantajoso para os dois lados.
Em contrapartida, há instituições sem fins lucrativos que adorariam contar com um voluntário para criar seu site. Procure a entidade mais perto de você e ofereça seu trabalho - se for para trabalhar de graça, que seja por uma causa nobre.
Se todos os seus sites devem funcionar em todas as resoluções de tela, como eu disse anteriormente, imagine seu portfólio! Um "escolha aqui a sua resolução" logo na cara do site mostra que você não tem nenhuma flexibilidade; algumas pessoas nem mesmo sabem o que isso significa! É você que tem que se adaptar ao computador do usuário, e não o contrário. O mesmo vale para quantidade de cores na tela, navegador ou sistema operacional.
Quando se fala de navegador, muita gente acha que se 95% das pessoas que acessam um site usam Internet Explorer, é pra essa maioria que o site deve funcionar. Isso é um grande erro – e se no meio dos outros 5% estiver justamente aquela pessoa que entra no seu portfólio querendo te contratar? Se o seu site não funcionar, você perdeu a chance. Por isso, teste todos os seus sites pelo menos nos navegadores mais conhecidos, em várias resoluções, sistemas operacionais e processadores diferentes. Evite surpresas desagradáveis.

Como entrar no mercado de trabalho e quanto cobrar

Freelancer

Uma das grandes dúvidas para quem é contratado para desenvolver um site é quanto cobrar pelo trabalho. Alguns profissionais costumam estabelecer um preço por página, mas hoje em dia esse método de cálculo está caindo em desuso.
A maneira mais fácil é calcular quanto tempo você acha que vai demorar para montar o site. Para isso, obviamente, você já deve ter desenvolvido alguns sites, seja no curso que fez ou aprendendo sozinho com tutoriais - se ainda não desenvolveu pelo menos uma meia dúzia de sites completos, provavelmente ainda não tem conhecimento suficiente para cobrar por isso.
Calculado o tempo aproximado, estipule um preço para esse tempo. Por exemplo, se você acha que em cinco dias trabalhando quatro horas por dia o trabalho estará feito, quanto essas vinte horas do seu tempo valem? Claro que quanto menos experiência você tem, menos vai cobrar - e quanto mais experiência tem, mais rápido vai desenvolver um site, mas vai fazê-lo melhor.
E cuidado com os extremos - não exagere no preço, você ainda está começando, mas também não cobre qualquer "troquinho" só para conseguir o cliente: essa prática é errada e mais adiante explicarei o porquê.
Dificilmente alguém vai te dizer quanto cobrar pelo seu site, para o seu cliente, pois ninguém consegue determinar seu grau de conhecimento, sua facilidade para desenvolver um projeto. Você é quem pode determinar melhor o quanto vale seu trabalho e seu tempo.
Mas a vida de freelancer não é só glamour, como parece. É necessário considerar as vantagens e também as desvantagens que um profissional desse tipo pode ter.

Estágio

Outra maneira de entrar no mercado de trabalho, que sem dúvida nenhuma vai trazer muito mais benefícios para quem está em começo de carreira, é o estágio em uma agência ou produtora de sites.
Você vai conviver com profissionais, conhecer como a área realmente funciona, e aprender dicas e truques que só o cotidiano vai te ensinar.
Mesmo que você ainda esteja estudando, conseguirá conciliar os estudos e um estágio de meio período. Se no jornal da sua cidade não há muita opção, elabore um currículo caprichado e envie para as agências de emprego da região. Mas cuidado: a menos que o anexo seja uma exigência da empresa, envie sempre seu currículo no corpo do e-mail!
Em algumas agências você pode fazer o cadastro por meio da internet, o que garante que seu currículo estará no banco de dados por pelo menos 6 meses. Você também pode usar sites de empregos, onde é possível pesquisar vagas e oferecer seu currículo (e alguns são grátis).
Ou ainda, você pode procurar no Google e no Twitter, por exemplo, as agências e produtoras perto de você e ver se elas têm um cadastro próprio de currículos. Observe, no entanto, que algumas empresas não têm esse cadastro porque não gostam de receber currículos por e-mail ou porque só contratam funcionários através de agências de emprego, então tome cuidado para não ser inconveniente - nesse caso é melhor não enviar seu currículo, ou enviar um e-mail antes perguntando se pode fazê-lo.
Alguns sites onde você pode procurar estágio:

Vida de freelancer

Na maioria das profissões, arrumar um estágio e trabalhar com profissionais experientes é a melhor maneira de começar, como disse antes. Mas quando se trata da Web, isso nem sempre é possível - fora das grandes cidades, é raro encontrar produtoras de sites que aceitam estagiários, e a maioria dos escritórios é auto-suficiente: um designer, um programador (às vezes o próprio designer) e um representante comercial já são suficientes.
Por isso, muitos profissionais optam pelo sistema freelance de trabalho: montam um pequeno escritório em casa (home office) - às vezes até dentro do próprio quarto -, não precisam se preocupar com horários e não têm que aguentar um chefe. Parece o emprego perfeito, não é? Nem tanto.
Além de não ter todos os benefícios legais que uma empresa oferece, a vida do freelancer é muito mais complicada do que parece. Enquanto em um emprego normal você tem estabilidade e consegue se programar financeiramente, trabalhando como freelancer você depende da quantidade de trabalhos que aparecem - e às vezes eles simplesmente não surgem.
Outro inconveniente é que sai o chefe, entra o cliente. Sabe aquela frase "o cliente sempre tem razão"? Aqui ela se aplica totalmente. Se ele te pedir um site roxo de bolinhas amarelas, é aqui que você vai precisar mostrar todo o seu jogo de cintura para convencê-lo do que funciona e o que não funciona. Por isso, ter um base teórica é essencial para argumentar.
E você sempre vai lidar com pessoas dos mais diversos tipos. Desde aquele que te procura no sábado à noite pra um trabalho até aquele que acha que você não tem mais nada pra fazer além de trabalhar 24 horas seguidas para entregar um serviço "pra amanhã". É difícil, mas manter a educação e explicar pacientemente até onde você está disponível sempre é a melhor alternativa. Estipule um horário para trabalhar e deixe isso bem claro. Afinal, se você estivesse em uma empresa, não estaria presente fora do horário de expediente.
Também não se esqueça que agora os gastos com energia, telefone, manutenção do computador, tinta para a impressora, papel, conexão banda larga e vários outros estão por sua conta. O valor que você recebe por um trabalho nunca é líquido, você teve várias despesas. E ainda precisa pensar em um guarda-roupa apresentável para quando for visitar um cliente - pagando o transporte do próprio bolso. A coisa mais importante, financeiramente falando, é ter uma reserva para quando os trabalhos não aparecerem.
A essa altura você pode estar se perguntando se vale mesmo à pena ser freelancer. Depende. Se você realmente não consegue se adaptar a horários fixos e não tem problemas com os altos e baixos financeiros que podem surgir, compensa. Se você prefere estabilidade e segurança, existem outras alternativas para trabalhar com Web, ainda que mais raras em algumas partes do país.

Você também pode juntar os dois, trabalhar em um emprego comum em horário comercial e como freelancer nas horas vagas, mas dificilmente conseguirá fazer bem feito no começo da carreira. É preciso jogo de cintura, organização, e além dos clientes que só podem ser visitados em horário comercial, você ainda perderá seu tempo livre - que pode ser usado tanto para descanso como para aprendizado. Nem todo mundo está disposto a isso.

Finalizando

Enfim, a melhor maneira de descobrir o que é melhor para você é ir tentando, experimentando. Também é uma boa dica acompanhar sites especializados, participar de eventos na área, colocar em prática o que se aprende com tutoriais ou livros e, acima de tudo, ter paixão pela área. Sucesso para você :)

Exercício sobre Artigos


  • Questão 1
    Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente entre elas, no que se refere ao artigo que acompanha o substantivo:
    Eu acompanhei a garota até sua casa.
    Encontrei uma garota por onde eu passava.

  • Questão 2
    Classifique as orações de acordo com o código representado:
    A – artigo definido
    B – artigo indefinido
    a- Uns alunos chegaram mais cedo à escola (   ).
    b – O bem sempre vencerá o mal (   ).
    c – Preciso de uma explicação para o fato (   ).
    d – Chegaram as encomendas (   ).
    e – Nesta loja vendem-se uns artigos importados (  ).

  • Questão 3
    Agora é com você. Elabore um pequeno diálogo utilizando-se dos artigos definidos e indefinidos.

  • Questão 4
    (FMU) Procure e assinale a única alternativa em que há erro quanto ao problema do emprego do artigo:
    a – (   ) Nem todas as opiniões são valiosas.
    b – (   ) Disse-me que conhece todo o Brasil.
    c – (    ) Leu todos os dez romances do escritor.
    d – (    ) Andou por todo Portugal.
    e – (    ) Todas cinco, menos uma, estão corretas.

  • Questão 5
    Como sabemos, um sinal de pontuação, um termo atribuído intencionalmente, muda todo o sentido de uma frase. Diante dessa afirmativa, analise as orações abaixo e explicite a diferença que há na mensagem quanto ao emprego do artigo indefinido:
    Hoje irei ler uma obra literária.
    Há uns cinco dias terminei de ler uma das obras mais importantes da Literatura Brasileira: Dom Casmurro.


Respostas


  • Resposta Questão 1
    A primeira revela um sentido específico – a garota
    Na segunda, um sentido genérico, indefinido – uma garota.

  • Resposta Questão 2
    B; A; B; A; B.

  • Resposta Questão 3
    Na classe, os alunos dirigiram-se ao professor indagando-lhe:
    - Professor, qual foi o resultado das avaliações?
    O professor respondeu:
    - Há umas notas boas, como também há algumas fracas.
    - Precisamos rever novamente uns conteúdos durante a aula de amanhã.

  • Resposta Questão 4
    Alternativa “c”.

  • Resposta Questão 5
    A diferença que há entre as orações reside no fato de que o artigo indefinido “uma” retrata o sentido de uma obra qualquer. Já o sinal de pontuação revelado pelos dois pontos, específica que a obra refere-se ao escritor Machado de Assis.

Atividade sobre pronomes


  • Questão 1
    Preencha as lacunas utilizando corretamente os pronomes demonstrativos:

    a - _________ é a pessoa da qual lhe falei.
    b – Não conseguiremos encontrar ________________estimados professores, pois eles já não trabalham mais aqui.
    c – Empreste-me _____________livro? Há muito tento encontrá-lo.
    d- Olha! Quem são _____________________convidados que acabaram de chegar?
    e - ___________ foi o aluno destaque deste ano, desejas entrevistá-lo?

  • Questão 2
    Observe o trecho no qual encontra-se empregado o pronome de tratamento de forma correta. Logo em seguida atente-se para o que se pede:

     “-Vossa Excelência, por obséquio, queira falar mais alto, que não ouvi bem – e apontava agoniado, um dos deputados mais próximos.” (Fernando Sabino)

    Qual o pronome de tratamento seria utilizado no caso de nos dirigirmos às seguintes pessoas:
    a- Papa _____________________________
    b – Ao reitor de uma universidade _________________________
    c – A um amigo mais íntimo, convidando-o para um passeio ____________________
    d – A um rei ou uma rainha _____________________________
    e – A uma autoridade ligada ao mundo da política ______________________________

  • Questão 3
    Como sabemos, a língua escrita requer uma linguagem que esteja de acordo com a norma padrão. Assim sendo, as frases a seguir pertencem a um nível mais coloquial. Reescreva-as procurando adequá-las à forma correta:

    a – Encontrei ela passeando no shopping.
    b – Deixa eu sossegada, pois preciso descansar.
    c – Desejas ir comigo e com minha irmã?
    d - De hoje em diante está tudo terminado entre eu e você.
    e -  Entreguei o livro hoje, portanto poderás pegar ele.

  • Questão 4
    Da oração que segue, propõe-se que seja feita uma análise e, posteriormente, responda às questões que a ela se refere:

    Marcos, o André saiu com sua irmã!

    a – O uso do pronome possessivo implica em uma  duplicidade de sentido? Relate.

    b – Reescreva-a eliminando esta ocorrência de modo a torná-la clara e objetiva.

  • Questão 5
    (Univ. Fed. Viçosa) Assinale o item em que há erro no emprego do pronome demonstrativo:
    a – (   ) Paulo, que é isso que você leva?
    b - (   ) “Amai vossos irmãos”! são essas as verdadeiras palavras de amor.
    c -  (    ) Trinta de dezembro de 1977! Foi significativo para mim esse dia.
    d – (    )  Pedro, esse livro que está com José é meu.
    e – (    ) Não estou de acordo com aquelas palavras que José pronunciou.


Respostas


  • Resposta Questão 1
    a -  Esta é pessoa da qual lhe falei.
    b – Não conseguiremos encontrar aqueles estimados professores, pois eles já não trabalham mais aqui.
    c – Empreste-me esse livro? Há muito tento encontrá-lo.
    d- Olha! Quem são aqueles convidados que acabaram de chegar?
    e – Este foi o aluno destaque deste ano, desejas entrevistá-lo?


  • Resposta Questão 2
    a – Vossa Santidade
    b – Vossa Magnificência
    c -  Você
    d – Vossa Majestade
    e – Vossa Excelência


  • Resposta Questão 3
    a – Encontrei-a passeando no shopping.
    b – Deixe-me sossegada, pois preciso descansar.
    c – Desejas ir conosco?
    d - De hoje em diante está tudo terminado entre nós.
    e - Entreguei o livro hoje, portanto poderás pegá-lo.


  • Resposta Questão 4
    a- Sim, o uso dos pronomes possessivos quando utilizados de forma inadequada incide de forma negativa na clareza do discurso, muitas vezes demarcado pela ambiguidade. No caso em questão, o uso do pronome “sua” remete ao seguinte questionamento: trata-se da irmã de Marcos ou de André? 

    b – No intuito de atribuir clareza ao enunciado, esse deve ser assim expresso: Marcos, o André saiu com a irmã dele.

  • Resposta Questão 5
    Alternativa “C”.

Suíça debate o ensino de português nas escolas


Genebra - A Suíça já conta com quatro línguas oficiais e o ensino do inglês é obrigatório. Agora, as escolas primárias públicas do país poderão ganhar um novo curso: o de português.
Uma petição foi lançada por grupos de pais de famílias portuguesas, apoiados por brasileiras, para que um referendo seja realizado para que o ensino do idioma lusitano seja adotado nessas escolas. O assunto se transformou em promessa de campanha de candidatos à prefeitura de Genebra que, agora, são cobrados a implementá-la. Se for aprovada em votação popular, a iniciativa obrigará o oferecimento gratuito de cursos de português aos alunos de todas as escolas do cantão de Genebra, como matéria opcional.
 Para a Associação de Pais de Alunos de Origem Portuguesa, a medida é uma "necessidade". "Dez por cento dos alunos que estão matriculados em escolas são lusófonos e têm o direito de manter sua língua", diz Carla Rocha, presidente da associação, que conta com o apoio de várias entidades, incluindo algumas que se especializam no "português brasileiro".
 Segundo ela, os pais desses alunos têm até 15 de novembro para coletar assinaturas suficientes para que o governo realize um referendo. Pelas leis da Suíça, qualquer grupo da sociedade civil pode lançar uma iniciativa que, se coletar apoio suficiente, transforma-se em votação para toda a cidade.
 Mas nem todos estão de acordo. Para Carlos Medeiros, conselheiro municipal da cidade e de origem portuguesa, a exigência de que o Estado suíço pague por essa conta "não se justifica". "Então vamos ter de oferecer albanês, kosovar e sérvio", alertou Medeiros, indicando para a presença de outras nacionalidades de peso na região. "Não podemos permitir que comunidades se fechem", completou o conselheiro, lembrando que 45% da população de Genebra é de estrangeiros. Sua avaliação é de que a Suíça deve oferecer como cursos obrigatórios apenas as línguas oficiais do país - francês, alemão e italiano. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Aluno do ensino médio na escola pública sabe menos que o do fundamental na particular


Alunos de colégios particulares, mesmo tendo estudado menos anos, sabem mais que os estudantes de escolas públicas em séries superiores.

IDEB 2011

  • Arte/UOL
    Clique no mapa e veja o Ideb por Estado em 2011
Os conhecimentos de matemática e português de um aluno no 9º ano do ensino fundamental (antigo ginásio) em colégio particular são maiores que os de estudantes do ensino médio (ex-colegial) em escola pública.
É o que demonstram os dados da Prova Brasil de 2011.
Um aluno da rede privada sai dos anos finais do ensino fundamental (9º ano) com pontuação 298,42 em matemática enquanto um aluno da rede pública termina o ensino médio com conhecimento de 265,38 pontos na escala Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), que vai de 0 a 500.
Em português acontece o mesmo: na escola particular, o aluno do 9º ano tem proficiência de 282,25. Já o estudante da rede pública alcança ao final do ensino médio com 261,38 em português. 
É possível comparar os resultados porque a escala Saeb, que é utilizada para toda a educação básica, é a mesma. 
Observe a tabela abaixo:

NOTAS DA PROVA BRASIL DE DE MATEMÁTICA E PORTUGUÊS

 
Matemática
1º a 5º anos
Português
1º a 5º
Matemática
6º a 9º anos
Português
 6º a 9º
Matemática Ensino médio
Português Médio
Nota total Brasil209,63190,58252,77245,20274,83268,57
Rede privada242,81222,70298,42282,25332,89312,75
Rede pública204,58185,69244,84238,77265,38261,38

Diferença socioeconômica

A nota na Prova Brasil é "fortemente dependente do nível socioeconômico", segundo Romualdo Portela de Oliveira, professor e pesquisador da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Se o estudante vem de uma família com mais dinheiro, ele tem mais acesso a bens culturais que um aluno pobre.
A Prova Brasil é aplicada de dois em dois anos em praticamente todas as escolas públicas e em algumas escolas particulares para medir o nível de conhecimento dos alunos. Juntamente com a taxa de aprovação, a nota dessa prova compõe o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), também calculado a cada dois anos.É como se aluno da escola privada saísse com 50m de vantagem numa corrida de 100m, exemplifica a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, fazendo, como ela mesma diz uma "simplificação tremenda". Segundo ela, se essa diferença for retirada, "a escola privada acrescentaria pouco". Por isso, o Estado precisaria "dar mais para quem tem menos" na visão de Priscila.

Pior que o demonstrado

Por causa da importância do componente socioeconômico, Portela de Oliveira analisa que "o resultado educacional [do Ideb 2011] é pior que o crescimento demonstrado". Segundo ele, uma parte dos crescimentos apresentados é "reflexo do crescimento econômico do pais". Ele também considera importante contextualizar que o fato de existir um índice ajuda na promoção da melhora dele mesmo. Ou seja, a partir do momento em que o Ideb se torna mais conhecido, os diretores e os professores tendem a dar mais atenção à Prova Brasil e à taxa de aprovação (as duas variáveis da nota) e esse movimento já auxilia no aumento das notas.
O MEC divulgou o "boletim" da educação brasileira, com dados do Ideb. O resultado, apesar do crescimento em todos os ciclos avaliados, ainda é preocupante pois demonstra que a qualidade do ensino avançou pouco em termos educacionais.
As notas dos anos finais (6º-9º anos) do ensino fundamental (4,1) e do ensino médio (3,7) cresceram apenas 0,1. As notas dos anos iniciais do ensino fundamental (5,0) mantiveram o ritmo de crescimento de 0,4 como nas edições anteriores.
"Nos anos finais, também superamos a meta. Continua uma trajetória de crescimento consistente, é um resultado bastante significativo, mas não teve a mesma  velocidade dos anos iniciais", afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação) em coletiva de divulgação do Ideb."
Fonte: Portal UOL